quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ECA: em busca de reconhecimento

Israel Lima

Quando se fala em infância e adolescência na mídia de massa, trata-se prontamente de “buscar a saída mais fácil” e mencionar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Porém, em geral, isto é feito de forma muito restrita. Sem grandes aprofundamentos.


Em palestra aos estudantes da disciplina “Cobertura da Agenda Social” da Universidade Federal do Ceará – UFC a jornalista Tarciana Campos, integrante da ONG Catavento, destacou a falta de visibilidade que a mídia de massa dá ao ECA, mas admite que houve um progresso com relação à abordagem do assunto, visto que antes o tema era muito pouco pautado. Em julho deste ano, muitos veículos de comunicação destacaram o aniversário de 18 anos do Estatuto, porém, não é o bastante. O tema carece de uma maior divulgação para que as pessoas o conheçam melhor e passem a respeitá-lo. “No Livro I do ECA há cinco direitos fundamentais, mas na prática, grande parte dessas garantias são desrespeitadas”.


A ONG Catavento Comunicação e Educação existe desde 1995 e trabalha a temática da infância e adolescência junto aos meios de comunicação, entendendo o papel educativo que a comunicação possui, como forma de contribuir para a conscientização das pessoas com relação aos direitos pouco conhecidos das crianças e dos adolescentes. A ONG desenvolve diversos projetos, dentre eles o Programa Sintonia e Infância que é produzido com a colaboração de radialistas dos estados do Ceará, do Piauí e do Rio Grande do Norte através de reuniões de pauta via internet e/ou telefone. Depois de finalizado, o programa é enviado em CD ou MP3 e veiculado em rádios comunitárias dos três estados. Em Fortaleza, o programa vai ao ar pela Rádio Universitária FM.

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