segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Campe: o amor acima de qualquer coisa

"Não sabíamos que éramos militância". Eis uma frase que marcou bastante no depoimento de Keila Chaves sobre o Campe, Centro de Apoio às Mães de Portadores de Eficiência. A entrevistada de uma das aulas da disciplina Cobertura da Agenda Social é uma das fundadoras desta Organização Não Governamental, que vem atuando ativamente em defesa das pessoas com deficiência.

Um discurso visivelmente apaixonado, desapegado de qualquer partidarismo ou teoria maior. Carregado de amor, com certeza. Sentimento que nasceu na falta de estrutura que o Estado, teoricamente responsável por zelar pelos direitos, e até mesmo de instituições privadas proporcionaram ao seu filho Davi, atualmente com 12 anos de idade.

Keila bateu de porta em porta com o objetivo de dar o que toda mãe quer para um filho: educação. Um sentimento que nasceu de um domínio particular, sanguíneo, é verdade, mas que unido aos casos de outras mães, gerou algo coletivo, que hoje engrandece nosso País, atuando em um setor pouco assisistido.

O Campe é um exemplo de instituição composta, acima de tudo, por pessoas guerreiras, não apenas interessadas em dinheiro. O exemplo disso é o próprio depoimento de Keila, que revela desentendimentos com o marido por conta da atividade pouco proveitosa financeiramente.

São atitudes como essa que provam que existem trabalhos que valem mais que qualquer remuneração. O apoio, a recompensa se enxerga nos olhos dos nosso "eficientes", cidadãos como nós. Dignos de respeito e dos direitos, tão caros na nossa sociedade.

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