sábado, 20 de setembro de 2008

MEGAfone

Do Grego: mégas, grande + phoné, voz.
Substantivo masculino, espécie de porta-voz, também denominado altifalante; instrumento para ampliar e direcionar o som.
Descrição que tem tudo a ver com o trabalho desenvolvido pela turma do Projeto Megafone. A idéia surgiu do trabalho desenvolvido pela Encine, ONG que iniciou suas ações em 1999 com cursos que pretendiam possibilitar que jovens de baixa renda fizessem arte por meio de vídeos, fotografias e, com isso, pudessem refletir um pouco sobre a realidade vivida por eles.
O que era apenas um curso com começo-meio-fim, acabou se transformando em um grande projeto que já atendeu centenas de jovens cearenses. Ao longo do tempo, o grupo de orientadores e oficineiros, coordenados por Ives Albuquerque, teve a idéia de criar um ambiente onde os conhecimentos técnicos aprendidos pelos jovens pudessem ser praticados.
Nascia assim o Megafone. Uma alternativa de aqueles jovens terem sua voz escutada por milhares de pessoas. Era a maneira de expressar a voz direta dos jovens, sem intermediários, e estereótipos. Um projeto que se organizou para produzir para um programa de televisão em canal aberto e nele ser reconhecido como forma de pensar sobre a sociedade.
Então, em maio de 2002, a Encine levou a proposta para a TVC (televisão pública do Ceará), que em agosto abriu um horário na sua grade para um programa de 30 minutos sobre o mundo jovem e feito pelos jovens da ONG. Era a concretização do sonho ampliar a voz do jovem para além da comunidade, da escola, de casa.
De lá pra cá, já foram veiculados mais 100 programas que, atualmente, já estão disponíveis via internet. Os temas são bem variados e possibilitam uma interação entre jovens das escolas públicas e das universidades, num intercâmbio constante de conhecimento.
Lucas Vieira, 18 anos, é um dos jovens envolvidos no Megafone. Como já está há dois anos no projeto, em pouco tempo deve seguir outros rumos, que, com toda certeza, será influenciado pelo trabalho desenvolvido no Megafone, que mudou a maneira dele enxergar o mundo.
Jornalista? Talvez sim.Cientista Social? Quem sabe... Uma coisa é certa: ele já sabe como fazer o pensamento dele ultrapassar fronteiras através de um megafone.
Por Pamela Lemos

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