sábado, 20 de setembro de 2008

DE LÁ PRA CÁ, MUITA COISA MUDOU...

...mas tem gente que ainda teima em usar as mesmas as palavras!

A Segunda Guerra Mundial acabou e com seu fim surgiu a necessidade de cuidar das crianças vítimas desse grande conflito sangrento. Desamparo familiar, fome, doença, morte. Os futuros cidadãos do mundo estavam em perigo e como uma forma de ‘salvar’ esses meninos e meninas surgiu, em 1946, o Fundo de Emergência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Quatro anos mais tarde, a ONU percebeu a necessidade expandir o serviço para outros países em desenvolvimento e, em 1953, acabou por tornar o fundo permanente. Foi então criado o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, baseado na convenção dos direitos das crianças e adolescentes.
No Brasil, o UNICEF tem 58 anos de atuação. Durante essas quase seis décadas, tem conquistado espaço na mídia nacional. Em Fortaleza, o trabalho com a imprensa é acompanhado de perto pela Oficial de Comunicação do UNICEF, Ana Márcia Diógenes, responsável não só pelas atividades desenvolvidas no Ceará, mas também no Rio Grande do Norte e no Piauí.
Na região semi-árida, a cobertura dos assuntos ligados a crianças e adolescentes cresce ano a ano. De acordo com a jornalista Márcia Diógenes, de 1996 a 2004, a abordagem do tema infância cresceu 1300% no Brasil. Mas a qualidade da cobertura nem sempre estava presente nas matérias dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.
Na grande mídia, não especializada, as notícias relacionadas à infância estavam, segundo a jornalista, relacionadas a temas como exploração do trabalho infantil, abuso sexual, crimes. As nomenclaturas utilizadas pelos profissionais da imprensa nem sempre eram, ou melhor, são as mais adequadas para tratar o assunto. Problemática que vem sendo solucionada com o aumento de disciplinas nas Universidades brasileiras que tratam da cobertura dos movimentos sociais. Mas e os jornalistas que já estão fora dos bancos universitários? Quanto a eles... Bom, o jeito é persistir em cursos de aprofundamento sobre o tema, além de uma boa reciclagem e muita leitura, é claro.
E nós, companheiros e companheiras, vamos atentar para os termos e deixar de usar palavras comuns no tempo da ‘Segunda Guerra Mundial’. É aproveitar essa cadeira, ou melhor, disciplina, para corrigir detalhes que parecem bobos, mas que fazem toda a diferença na cobertura da agenda social.

Por Pamela Lemos

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