segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Inclusão no Mercado de Trabalho

Darlano Dídimo

Promover a inclusão social de pessoas com deficiência mental. Esse é o principal objetivo da Apae, Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais. Na sétima palestra que tivemos na disciplina contamos com a presença da vice-presidente da Associação de Fortaleza, Maria Lúcia Barbosa. Ela estava acompanhada da também voluntária Terezinha Gomes Cavalcante.
Dentre os diversos trabalhos promovidos pela Apae da capital cearense está o de inserção dos deficientes no mercado de trabalho. Através de oficinas, como de informática, de corte e costura e de carpintaria, os alunos são preparados e treinados para fazerem “bonito” nos futuros empregos. Um vídeo exibido mostrou o quanto essa iniciativa parece estar dando certo.
Mas o grande questionamento a ser feito é: as empresas que contratam pessoas com deficiência têm uma boa índole ou apenas estão procurando respeitar a lei? De acordo com Lei de Cotas para Portadores com Deficiência (nome que já está em desuso), empresas com cem ou mais empregados estão obrigadas a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência.
Nos últimos anos, se tornou cada vez mais comum vermos deficientes mentais ou físicos com um crachá no peito representando alguma marca. Mas o que percebemos é que a escolha deles passa por um processo seletivo no mínimo desconfiável. Aqueles com capacidade mental privilegiada e sem limitações físicas parecem ser os preferidos, já que podem realizar as funções a que são determinados com menos dificuldades. Com isso, notamos que não se encara a proposta da lei da maneira adequada, mas procura-se apenas cumpri-la de uma forma antiética. Estaria a inclusão realmente acontecendo?
Com certeza, existem exceções ao que parece ser a regra. Cabe ao Governo e a essas Associações, entre elas a Apae, fiscalizar minuciosamente esse processo, porque infelizmente, não vivemos em uma sociedade que prioriza o bem ao próximo, mas sim, o dinheiro mais próximo. Por isso, invistamos na qualificação das pessoas com deficiência do nosso país, ofereçamos cursos para que elas se preparem, insiramo-las no mercado de trabalho e fiquemos “de olho” nesse processo de inclusão.

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