sábado, 22 de novembro de 2008

Entre o público e o privado

Cada vez mais perto do fim do percursso, dessa vez, a nossa Agenda Social traz o diretor executivo da Escola de Formação de Governantes, o jornalista Alberto Teixeira. Ele explicou a importância do curso de governantes para um melhor entendimento das funções do poder público. "A geração que atualmente está no poder é analfabeta política", declara.

À frente da Escola de Formação desde 1994, quando foi iniciado, pela primeira vez, o curso na Universidade Estadual do Ceará (UECE), Alberto Teixeira diz que "a responsabilidade com o setor público ainda é muito pequena" e sugere como soluções para a deficiência da máquina estatal uma reeducação do povo, ao se estimular a democracia participativa, o respeito aos direitos humanos, além de ações eficazes que garantam o desenvolvimento nacional.

Alberto ainda cita como causa da má gerência pública por parte dos governantes a confusão entre público e privado. E, talvez, está aí a falta de diligência com o que é coletivo. A preocupação é de favorecer os grandes interesses políticos e econônimicos, e não os sociais. "Temos de lutar para que a expansão do público seja efetivada", defende.

Sobre a missão da Escola de Formação, o jornalista é enfático. Ele afirma que ela não ocupa o espaço da universidade, já que não é ensina administração pública. "Não é uma escola do governo, mas de governo". E antes de concluir a conversa com nossa turma, Alberto deixou um recado para os representantes do poder: "O governante deve estar apto a compreender os elementos fundamentais de qualquer área do governo, competindo-lhe a responsabilidade de decidir e definir prioridades, o que pressupõe a capacidade de julgar as questões no contexto da validade global em que se inserem".


Edgel Joseph

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