sábado, 15 de novembro de 2008

Um sonho excepcional

Imagine uma sociedade em que todas as pessoas convivem hamoniosa e naturalmente e são vistas da mesma maneira, mesmo aquelas que possuem alguma limitação perceptível. Nessa sociedade, o espaço urbano tem ruas adaptadas com rampas e prédios com elevadores. As empresas nessa sociedade contratam pessoas com deficiências sem preconceito. As escolas dessa sociedade respeitam as diferenças e têm professores preparados para atender a todos os tipos de alunos, inclusive os chamados “especiais”. Nessa sociedade, as pessoas excepcionais e aquelas com qualquer deficiência convivem com as pessoas ditas “normais” sem dificuldades.

Se para a maioria das pessoas é difícil imaginar uma sociedade assim, imagine acreditar na possibilidade de construir uma sociedade assim. Se para a maioria das pessoas é difícil acreditar nessa possibilidade, para Maria Luíza, da APAE Fortaleza, não é. Ela, que é uma das fundadoras da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Fortaleza, fala convicta sobre o sonho de construir essa sociedade.

Maria Luiza se emociona ao contar a história da APAE Fortaleza, que mistura dificuldades, superação e conquistas, da instituição, dos pais e amigos dos excepcionais e dos próprios excepcionais. Fala com orgulho de sua própria luta pela causa social e dos planos e projetos da instituição que dá suporte a crianças com limitações intelectuais leves e suas famílias.
A conversa promovida pela disciplina Cobertura da Agenda Social foi esclarecedora e serviu para nos mostrar que há instituições e pessoas que levam o trabalho social muito a sério e que, acima de tudo, há espaços livres do preconceito que discutimos apenas quando somos chamados a discutir o assunto.

O testemunho de Maria Luiza serviu principalmente para mostrar que não há causa social isolada e só luta pelas pequenas mudanças aqueles que acreditam nas grandes mudanças; que a causa social ainda é de interesse quase exclusivo das pessoas que lidam diretamente com uma pessoa excepcional ou com alguma deficiência, entretanto, aqueles que não lidam têm muito a contribuir.

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