segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Livre é bem melhor

Philipe Ribeiro e Uiraporã Câmera foram os convidados da nossa Agenda Cultural para explicar sobre a importância da cultura livre para a democratização da sociedade. Além da formação na área ambiental, Philipe diz ter “uma veia muito próxima aos movimentos sociais”, o que é ratificado por sua atuação na Organização Não Governamental “Terramar” há alguns anos. Já Uiraporã trabalha junto ao Ministério da Cultura no desenvolvimento de “centros digitais”, responsáveis pela difusão da informática no País.

Os dois defendem o acesso irrestrito ao conhecimento, contato que não haja fins lucrativos no repasse do que está sendo veiculado na rede. É a lei do “quanto mais circular melhor”, que, segundo eles, garante não somente a divulgação do autor da “obra”, mas também o direito a novas visões de mundo e a reconstrução do contexto em que tal “obra” foi criada. Para exemplificar, Philipe apresentou trabalhos do cartunista Carlos Latuff, reconhecido internacionalmente por seus traços e defensor declarado do ideal de cultura livre. “Não é uma questão monetária que está em jogo. É inovar a forma de difundir e distribuir o que produzem por aí, sem controle de informação”, declara o cartunista.

Philipe e Uiraporã também estão na luta pelas rádios e TV’s comunitárias. Eles declaram que o direito à comunicação é universal, sendo fundamental para a representação da identidade de um conjunto de pessoas a transmissão dos pontos de vista desse coletivo. Assim, o que é veiculado se torna mais livre e, por conseqüência, mais democrático, distante do exaustivo jogo de interesses existente entre as emissoras e o Estado.


Edgel Joseph

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