segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Opa, que negócio é esse!?

Darlano Dídimo

Apesar de fazer parte da comunicação social, nunca me senti um comunicólogo completo, mas sim um jornalista. A Publicidade & Propaganda jamais havia me atraído, em todos os sentidos. Um das primeiras oportunidades de contato foi agora com a Opa, Oficina de Publicidade Alternativa, ofertada pelos alunos do curso “encubidos” de realizá-la como nota para a disciplina de “Comunicação Comparada”. Uma experiência interessante que pode ter me ajudado a rever alguns preconceitos que tinha em relação ao tema.

No início, fomos pedidos a conceituar as palavras “publicidade” e “propaganda”. Não fui o único que não tinha noção alguma sobre a diferença entre os dois termos. Depois que os “professores’ Danielle, Diego, Giórgia e Hercília nos explicaram, as dúvidas continuaram, o que não causou estranheza nenhuma, afinal estamos nas ciências humanas, onde nenhum conceito é padrão. Uma comparação inevitável entre jornalismo e publicidade que não pude deixar de notar foi a das perguntas que um lead e uma peça publicitária devem responder. São os mesmo “o que?”, “por que?” e “como?”, com a inclusão de “pra quem?” e de “qual o canal de comunicação?”.

Ao longo dos dois dias de oficina, fomos apresentados a diversos trabalhos no ramo realizados para a comunicação alternativa e foi aí que notei que a publicidade pode não ser tanto um luxo quanto pensava e que sua eficiência existe sim, que, aliás, é mais subjetiva do que imaginava. O jornalismo pode sim ter uma maior eficiência no sentido comunitário, mas para alçar vôos mais altos, a outra habilitação tem também que se fazer presente. Tanto que instituições de caridade, ONGS e outras entidades ligadas a um caráter contestatório que são conhecidas nacional ou mundialmente possui, se não um mega, um mínimo de investimento em publicidade para promover o seu trabalho, para falar pra todos “que eles existem”. Talvez a publicidade não seja tão comercial como eu pensava.

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