sábado, 29 de novembro de 2008

Analfabetismo Político de nossos Governantes



O diretor executivo da Escola de Formação de Governantes, o Prof. Alberto Teixeira, em palestra a turma da disciplina de Cobertura da Agenda Social nos falou sobre Transparência política e sobre o projeto da Escola de Formação de governantes.

Conforme consta no Art.37 da Constituição Federal os princípios básicos da Administração Pública são: Legalidade (fazer somente o que está disposto em lei), Impessoalidade (consecução do bem de todos), Moralidade (há de conhecer, assim, as fronteiras do lícito e do ilícito, do justo e do injusto nos seus efeitos), Publicidade (a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos) e Eficiência (primazia da eficácia no alcance de resultados favoráveis à consecução dos fins).

Tendo conhecimento dos princípios básicos que deve seguir um administrador ou governante público ainda cobra-se transparência dos atos dos mesmos, sendo que isso está implícito nos deus deveres. Transparência de seus atos não é um favor é um dever que se tem com um povo. Lutar pela Transparência política nada mais é que pedir que a lei seja cumprida.

Como nos disse o Prof. Teixeira a geração que atualmente está no poder é analfabeta política, que assumiu o poder após muitos anos de ditadura e assumiu o poder sem muitos terem a noção do que seria democracia.

Teixeira afirma ainda que um dos maiores vilões no âmbito político é a confusão entre o público e o privado o que me remete imediatamente ao livro “A casa e a rua” de Roberto DaMatta, onde o autor aborda a influência do território entre a casa e a rua na formação democrática do brasileiro,sendo a casa e a rua esferas de ação social, e nos mostra como a sociedade brasileira os espaços não se delimitam e transformamos o público em extensões de nossa casa afim se servir nossos interesses.

Diante de tal quadro surge em 1994, a Escola de Formação de Governantes, na Universidade Estadual do Ceará, para formar nossos governantes e líderes comunitários dando-lhes uma visão sistêmica e estratégica, uma adequada capacitação técnica e uma sólida formação ética.

Uma escola que escolhe seus “alunos” não pelo currículo escolar, mas pela atividade social e política que exerce ou deseja exercer, onde se pode ver políticos, secretários do estado e municípios juntamente com líderes populares, aprendendo junto o que deveria ser nos ensinado desde cedo.
Alexandrina Oliveira

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