quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Encine, Megafone, Ives e Lucas...

Dessa vez, tivemos uma apresentação das iniciativas da ONG Encine, e mais especificamente de um dos trabalhos desenvolvidos por lá, o Megafone. Quem falou do assunto foi o próprio professor da disciplina e coordenador geral da Encine, Ives Albuquerque, e um dos produtores e apresentadores do programa Megafone, Lucas Vieira.
A Encine foi idealizada em 1997, segundo Ives, para suprir uma demanda de cidadãos comuns que achavam que devia ser feito algo pela comunicação e pela educação. Ela nasceu um ano depois, logo após um seminário com membros de várias instituições e professores. Era a oportunidade de proporcionar a crianças e adolescentes o contato com a televisão, com o rádio com a Internet e até mesmo com o cinema.
O desejo era de democratizar o acesso à comunicação, uma luta a tanto tempo perseguida por inúmeros profissionais da área, para que, a partir de então, os jovens pudessem se expressar sem terem de encarar restrições de conteúdo ou de enfrentar pressões de audiência. A busca era por qualidade.
Para o coordenador, dez anos após a sua fundação, a ONG se transformou numa instituição promotora dos direitos humanos, se utilizando das Tic’s, tecnologias da informação e comunicação. As seis pessoas de antes se multiplicaram e agora já são vinte.
Atualmente, a Encine está espalhada em várias escolas de Fortaleza. Até o final do ano, atenderá 8 escolas, totalizando mais de cinqüenta jovens contemplados com as atividades promovidas pela instituição social.
O estudante Lucas Vieira, de dezoito anos, é um dos responsáveis pelo Megafone, um programa de televisão voltada para os jovens que aborda temas de relevância social. Ele surgiu em 1999, através de um curso que se propunha a possibilitar a crianças e adolescentes de baixa renda que pudessem fazer arte por meio de vídeos e fotografias. O que era apenas um curso teórico acabou se transformando numa prática saudável produzida e direcionada para o mesmo público. Tudo isso aconteceu em 2002, com a ajuda da TVC, que liberou trinta minutos da sua grade para exibir o programa.
Hoje, já foram ao ar mais de cento e dez programas com uma cara moderna e uma linguagem informal, discutindo assuntos importantes de um maneira bastante acessível. Quatro jovens são responsáveis atualmente pela produção do Megafone. Eles pesquisam o roteiro, entram em contato com as fontes e com as pessoas a serem entrevistadas, visitam instituições, decidem os quadros que vão ser exibidos, redigem os textos e produzem tudo.
Segundo Lucas, dentre as principais dificuldades enfrentadas está o pouco conhecimento de alguns temas, o processo para entendê-lo e transformá-lo numa linguagem acessível para o público.
Apesar de tudo, o Projeto é reconhecido como uma experiência bem sucedida no campo das Tic’s e único Programa do Norte/Nordeste a ter um Selo de Especialmente Recomendado para Crianças e Adolescentes.


Darlano Dídimo

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