sábado, 11 de outubro de 2008

O luta por uma educação inclusiva

O luta por uma educação inclusiva

Os alunos com deficiência não são muitos e representam menos de 1% do total de matriculados na rede de ensino municipal, mas é uma demonstração de que a educação inclusiva está começando na prática.
Aos poucos as portas das escolas estão se abrindo para receber meninos e meninas com problemas de surdez, cegos, com baixa visão, com síndrome de Down, paralisia cerebral e outras deficiências.Keila Leite Chaves, do Centro de Apoio a Mães de Portadores de Eficiência (Campi), ressalta que os primeiros passos foram dados, mas precisa avançar mais. Segundo ela, o despreparo das famílias também é um obstáculo. "Muitas mães desconhecem os direitos e no primeiro empecilho desistem de buscar a vaga".
A própria Keila também nos contou seu relato pessoal de luta para poder dar ao seu filho uma educação inclusiva, ela nos relatou que recebeu diversos vezes não das escolas em que tentava matricular seu filho e que só veio a saber que nenhum escola pode negar matrícula a nenhum deficiente quando leu a carta de Salamanca que versa sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais.
E com base na declaração que leu Keila passou a ter base e conhecimento para exigir o cumprimento do direito dos deficientes de acesso à uma educação inclusão e não há uma educação exclusiva que até então se praticava.
Em 2003 Keila junto com outras mães que também passaram por problemas para matricular seus filhos em escola da rede municipal de Fortaleza juntaram-se e fundaram o CAMPE, a partir daquele momento decidiram organizar uma manifestação no terminal da Parangaba para reivindicar o direito de seus filhos. Durante a manifestação, distribuíram panfletos improvisados contendo a lei que garantia a vaga para portadores de necessidades especiais nas escolas públicas para que outras mães assim como elas ficassem cientes do direitos que lhes é assistido de uma educação inclusiva.
O Campe é a única Associação de Fortaleza que luta exclusivamente pela garantia dos direitos de crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais. Ele participa de fóruns de discussão sobre a implantação de políticas públicas na área de saúde e educação, além de atuar junto à rede de monitoramento do orçamento, ou seja, não é uma instituição assistencialista.
Apesar de todas as batalhas vencidas a Guerra ainda continua para garantir às pessoas com deficiência uma melhor educação inclusiva de qualidade e acesso aos especialistas das áreas médicas que eles tanto necessitam para complementar seus tratamentos.
Só mesmo o amor de mãe para quebrar tantas barreiras.

Alexandrina Oliveira

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