sábado, 30 de agosto de 2008

UNICEF

Ana Márcia Diógenes, atualmente Oficial de Comunicação do UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância - no Pólo que abrange Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, palestrou no último dia 21 aos alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC), matriculados na disciplina de "Cobertura da Agenda Social", sobre suas experiências profissionais e sobre o posicionamento da mídia em relação à problemática "Criança e Adolescente".

Foi no UNICEF, organização responsável por assegurar os "Direitos da Criança e do Adolescente", que Ana Márcia começou a lidar, diretamente, com a questão social e a mobilização política dentro da comunicação. Segundo ela, que teve vasto contato com o meio comunicativo, com destaque para o "Jornal O Povo" e a "TV Jangadeiro", foi no UNICEF que ampliou seus conhecimentos sobre formatos diferenciados de comunicação, comunicação alternativa e comunicação comunitária. "Até há pouco tempo, não existia tanta abertura na comunicação para se discutir novos formatos e novas possibilidades de se trabalhar. Hoje, já fazemos até isso que estamos fazendo agora, discutindo sobre a questão social", confessa.

O Trabalho realizado pelo Fundo das Nações Unidas foi iniciado em 1946 para ajudar a reconstruir os países mais afetados pela Segunda Guerra Mundial e foi consolidado em 1950, tornando a organização um Fundo Permanente. Desse momento em diante, a atuação do UNICEF não se restringiu mais somente aos países atingidos pela Guerra, mas também aos locais de miséria, atendendo, hoje, 191 países por meio de parcerias com governos municipais, estaduais, federal, sociedade civil, grupos religiosos, mídia, setor privado e organizações internacionais. Só no Brasil são 7 escritórios e 1 sede em Brasília.

Apesar da falta de recursos, o UNICEF batalha e desenvolve inúmeros trabalhos que vão desde o fortalecimento dos agentes responsáveis pela universalização dos "Direitos da Criança e do Adolescente" ao monitoramento das políticas públicas voltadas para "seus meninos e suas meninas". A comunicação, portanto, se faz uma aliada insubstituível, no sentido de que é ela que possibilita o contato e a passagem de dados relacionados a esta situação para a sociedade, observando que a mídia em si não tem dado tanta importância à questão da criança e do adolescente. No entanto, é válido afirmar que houve um crescimento considerável da cobertura do assunto nos últimos anos, ressaltando mais uma vez a atuação do UNICEF, através de projetos, como a capacitação de comunicadores.

O UNICEF trabalha com dois modelos principais de comunicação, a Comunicação Estratégica e a Comunicação Comunitária. No setor de comunicação estratégica, como afirmou Ana Márcia, desenvolve-se uma cultura de atuação sobre o público através dos chamados 5 verbos – sobreviver e se desenvolver, aprender, proteger(-se) do HIV/aids, crescer sem violência e ser prioridade nas políticas públicas –, realizando este trabalho de uma forma mais abrangente. Já através da Comunicação Estratégica, onde o UNICEF dedica mais de 60% de sua verba de comunicação, realiza-se um trabalho mais direcionado e incisivo, por meio do Selo UNICEF, monitorando e avaliando as promoções de políticas públicas voltadas para a criança e para o adolescente, garantindo transparência e desenvolvendo seu programa baseado em pesquisas e dados atualizados.

"Ando muito satisfeita com o trabalho que tenho realizado, apesar de cansativo, o retorno pessoal é muito válido", finaliza Ana Márcia.

Rafael Veras Castelo Branco

Informações: www.unicef.org.br / www.selounicef.org.br

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