domingo, 19 de outubro de 2008

Inclusão pela informação

Continuando com seu ciclo de visitantes, a turma da disciplina de Cobertura da Agenda Social recebeu no dia 10 de outubro Keila Chaves e Lizane, representantes da ONG Centro de Apoio a Mães de Portadores de Eficiência (CAMPE). A organização nasceu da dificuldade de mães em matricularem seus filhos, portadores de deficiência, nas escolas. Mesmo isto sendo um direito previsto em lei.

“Quem dá vida às leis é a militância”, foi com pensamentos como este que Keila Chaves definiu o posicionamento do CAMPE diante da luta ao acesso de pessoas com deficiência à educação. Ela relata que a maior vitória, até agora, da organização foi conseguir matricular 20 pessoas no ensino público no ano de 2005.

Keila, sempre passando muita paixão e bom humor em suas palavras, rejeita a imagem de coitado da pessoa com deficiência e mostra que sua maior arma é a informação, citando decretos nacionais e a declaração de Salamanca.

Durante sua visita, Keila relata a dificuldade das mães de filhos com deficiência, que muitas vezes, por questões de preconceito, são abandonadas por seus maridos, tendo que conduzirem sozinhas suas famílias.

A presença de Keila, mais do que nos informar sobre a atuação do CAMPE ou da situação da pessoa com deficiência em nossa sociedade, mostra o quanto estamos desinformados, que a deficiência não vem propriamente de um problema físico, mas sim de postura.

Declaração de Salamanca

A Declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais que visam a inclusão social, ao lado da Convenção de Direitos da Criança (1988) e da Declaração sobre Educação para Todos de 1990. Ela é o resultado de uma tendência mundial que consolidou a educação inclusiva, e cuja origem tem sido atribuída aos movimentos de direitos humanos e de desinstitucionalização manicomial que surgiram a partir das décadas de 60 e 70.

CAMPE – Rua Prof. Edgar Arruda, 480, Jockey Clube – Fortaleza/CE – fone: 85- 3496.587

Link útil: UNESCO

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