sexta-feira, 31 de outubro de 2008

APAE - Uma lição de vida

Um trabalho baseado em amor. É assim que podemos definir a APAE – Associação de Pais e Amigos do Excepcional. Em um papo descontraído na faculdade, recebemos a visita da vice-presidente da APAE no Ceará, Maria Lúcia Barbosa, e da 2ª Secretária, Terezinha Gomes Cavalcante. Maria Lúcia tem mais de 30 anos de voluntariado na APAE. Seu trabalho na ONG começou voltado para a educação especial. Terezinha trabalha na ONG há 3 anos.

A APAE começou no estado do Rio de Janeiro, por volta de 1952. No Ceará, ela teve início em uma singela casa alugada à Rua Guilherme Moreira, em Fortaleza, há 36 anos. Apesar de ser um trabalho difícil, há mais de 22 APAE’s no estado, como por exemplo, nas cidades de Juazeiro do Norte, Crato, Sobral, Guaiúba, Limoeiro do Norte, Eusébio, Maranguape, Maracanaú, Canindé, Iguatu, Várzea Alegre e Brejo Santo.

Na APAE fortalezense, é desenvolvido um trabalho pedagógico, feito por professores voluntários e pagos pela instituição. No local, os excepcionais recebem apoio psicológico, terapia e tratamentos fonoaudiológicos. Atualmente, são atendidos no local de bebês a pessoas com mais de 50 anos.

As mães recebem orientação para repetir em casa o tratamento que a criança recebe pelos profissionais, para que haja um progresso maior. Existem cerca de 410 alunos nos turnos manhã e tarde e por volta de 100 funcionários na APAE.

O Governo do Ceará e o Municipal cedem os professores, alguns são pagos, outros trabalham voluntariamente. Vale salientar que só trabalha na APAE quem possui especialização para lidar com o excepcional. A maioria do quadro funcional é formado por mulheres.

Maria Luíza afirma que a APAE é um dos movimentos que mais agrega voluntários no mundo. “Isso deve-se à participação dos pais, que se encantam e acreditam no progresso dos filhos”, explica. Ela diz que o sucesso da APAE também deve-se ao apoio da mídia, citando o episódio em que o Jornal O Povo fez a cobertura da campanha que mostrava técnicos falando sobre a APAE nas escolas.

Para angariar recursos, os voluntários trabalham bastante. São organizados, periodicamente, feiras, brechós, etc, com o objetivo de prover a instituição, promover campanhas e pagar reformas. Além disso, a APAE possui um serviço de Telemarketing, que liga para os 7000 sócios doadores, que colaboram com dinheiro, material de construção, entre outros recursos. Entretanto, apenas 400 sócios têm o compromisso de colaborar todos os meses.

Para finalizar a conversa, as amigas passaram um vídeo institucional que sensibilizou a todos, mostrando os alunos ingressando no mercado de trabalho e realizando corretamente as suas funções, como cozinheiros, recepcionistas, entre outros cargos. Sem dúvida, uma lição de que todos somos capazes de mudar a vida de alguém com um simples gesto de amor.

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